quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cadeira jogada no chão...

- Henrique, levanta essa cadeira.

A cadeira ficou no chão e apareceu um livro pra fazer companhia à ela...

- Henrique, pode pegar esse livro... eu quero que você obedeça a mamãe! Pegue a cadeira e o livro que você jogou no chão!

...

...

E aí entrei no ápice da minha irritação pela desobediência dele.

Ia sair, não quis mais...
Abri uma porta do rack pra guardar sei lá o quê... a porta soltou e achei que devia colocar ela no lugar com um chute...

Bufei... pensei "porque ele não me obedece?" umas 50 vezes, chorei um pouco...  me irritei até com o marido, que não tinha nada a ver com a história... fui me acalmando...

Voltei atrás e me convenci a sair...

Nessas horas sinto o quanto é difícil ser mãe... porque afinal, percebo que não sou somente MÃE. Tenho vontades, choro, não estou a fim, tenho sono, quero estar sozinha... e sinto culpa, muita culpa, uma culpa profunda quando percebo que, além de mãe do Henrique, sou, também, Helena.

Mães sentem culpa por qualquer coisa... porque o feijão queimou, porque a calça não secou a tempo, porque ele caiu, porque o leite acabou, porque etc. E não deveríamos!

Não precisamos ser perfeitas; não somos perfeitas! E não temos que ser...

Ao final de um dia como hoje, mesmo depois de ter surtado; ele senta na sala pra assistir Backyardigans e faz questão de ir me contando "Olha mamãe, o béquidigã, o mistélio" e antes de ir pra cama ouvir história pra dormir, ele vem aqui me dar um beijo de boa noite e um "tchau mamãe"...

... e me acalma o coração...

... e me ensina a ser mãe.

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