Cadeira jogada no chão...
- Henrique, levanta essa cadeira.
A cadeira ficou no chão e apareceu um livro pra fazer companhia à ela...
- Henrique, pode pegar esse livro... eu quero que você obedeça a mamãe! Pegue a cadeira e o livro que você jogou no chão!
...
...
E aí entrei no ápice da minha irritação pela desobediência dele.
Ia sair, não quis mais...
Abri uma porta do rack pra guardar sei lá o quê... a porta soltou e achei que devia colocar ela no lugar com um chute...
Bufei... pensei "porque ele não me obedece?" umas 50 vezes, chorei um pouco... me irritei até com o marido, que não tinha nada a ver com a história... fui me acalmando...
Voltei atrás e me convenci a sair...
Nessas horas sinto o quanto é difícil ser mãe... porque afinal, percebo que não sou somente MÃE. Tenho vontades, choro, não estou a fim, tenho sono, quero estar sozinha... e sinto culpa, muita culpa, uma culpa profunda quando percebo que, além de mãe do Henrique, sou, também, Helena.
Mães sentem culpa por qualquer coisa... porque o feijão queimou, porque a calça não secou a tempo, porque ele caiu, porque o leite acabou, porque etc. E não deveríamos!
Não precisamos ser perfeitas; não somos perfeitas! E não temos que ser...
Ao final de um dia como hoje, mesmo depois de ter surtado; ele senta na sala pra assistir Backyardigans e faz questão de ir me contando "Olha mamãe, o béquidigã, o mistélio" e antes de ir pra cama ouvir história pra dormir, ele vem aqui me dar um beijo de boa noite e um "tchau mamãe"...
... e me acalma o coração...
... e me ensina a ser mãe.
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